Cerca de 400 milhões de toneladas de metais pesados, solventes, lama tóxica e outros dejetos de estabelecimentos industriais são despejados anualmente nas águas do mundo. Além disso, fertilizantes nos ecossistemas costais já deixaram mais de 400 zonas oceânicas mortas, totalizando mais de 245 mil quilômetros quadrados – uma área maior que o Reino Unido.
A principal abordagem global para promover a segurança química é a Abordagem Estratégica Internacional de Gestão de Químicos, das Nações Unidas, adotada de maneira não vinculativa em 2006. Infelizmente, seu objetivo de boas práticas de gestão de químicos até 2020 não deve ser atingido e ações continuadas serão necessárias. O relato é da ONU Meio Ambiente.
“O segundo Panorama de Químicos Global da ONU Meio Ambiente demonstra que as soluções existem, mas ações mais ambiciosas em todo mundo são urgentes para que possamos reduzir maiores danos para o planeta, a saúde humana e as economias”, disse Jacob Duer, diretor de químicos e saúde da ONU Meio Ambiente.
Químicos são parte integral de nossas vidas e estão presentes nos produtos que utilizamos em nosso cotidiano. No banheiro, por exemplo, o formaldeído integra o shampoo, as microesferas, as pastas de dente, os ftalatos, os esmaltes e os antimicrobianos os sabonetes, enquanto o armário de remédios contém um universo de fármacos sintéticos.
Na cozinha, um morango pode carregar vestígios de até 20 tipos diferentes de pesticidas. Sacos de lixo com cheiro e purificadores de ar contêm compostos orgânicos voláteis que podem causar náusea e dores de cabeça.
E a lista não para aí. Enquanto químicos trazem muitos benefícios, o aumento dramático de sua variedade e número significa que é vital gerir seus ciclos e garantir que não acabem afetando negativamente a saúde humana e o meio ambiente.
Ação global é urgente
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,6 milhão de pessoas foram expostas a químicos nocivos em 2016. Um estudo de 2015 estimou que o custo de déficits neuro comportamentais causados por químicos tóxicos é superior a 170 bilhões de dólares por ano, apenas levando em conta a União Europeia.
A poluição química também contribui para a mudança climática, destrói a Camada de Ozônio e ameaça nossos ecossistemas.
A poluição plástica aumentou em 10 vezes desde 1980; 300–400 milhões de toneladas de metais pesados, solventes, lama tóxica e outros dejetos de estabelecimentos industriais são despejados anualmente nas água do mundo; e fertilizantes nos ecossistemas costais já causaram mais de 400 zonas oceânicas mortas, totalizando mais de 245 mil quilômetros quadrados – uma área maior que o Reino Unido.
A principal abordagem global para promover a segurança química é a Abordagem Estratégica Internacional de Gestão de Químicos, das Nações Unidas, adotada de maneira não vinculativa em 2006. Infelizmente, seu objetivo de boas práticas de gestão de químicos até 2020 não deve ser atingido e ações continuadas serão necessárias.
“O segundo Panorama de Químicos Global da ONU Meio Ambiente demonstra que as soluções existem, mas ações mais ambiciosas em todo mundo são urgentes para que possamos reduzir maiores danos para o planeta, a saúde humana e as economias,” disse Jacob Duer, diretor de químicos e saúde da ONU Meio Ambiente.
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