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Mitos e verdades sobre produtos químicos utilizados na produção de calçados

7 de setembro de 2016

Quando o assunto é produção de calçados, muitas dúvidas e mitos surgem em torno do uso de colas e solventes. O engenheiro ambiental e de segurança do trabalho, Pedro Petini, explica que os adesivos aplicáveis por meio de pinceis, almotolias, bisnagas ou mesmo por spray pneumático, são compostos por componentes  líquidos (maior parte) e sólidos (borrachas sintéticas, acrilatos e metacrilatos).

A maioria dos adesivos e “líquidos” utilizados nas indústrias de calçados contém na sua composição solventes orgânicos. Também são denominados como “hidrocarbonetos” (derivados de petróleo), que são substâncias líquidas que à temperatura ambiente, apresentam maior ou menor grau de volatilidade e lipossolubilidade – fator que está relacionado a facilidade com que a droga ou substância pode penetrar em uma membrana biológica.

Algumas destas substâncias, na sua fase volatilizada, podem se apresentar inodoras. No caso dos adesivos utilizados na indústria de calçados, as substâncias (hidrocarbonetos)  componentes possuem odores  característicos, alguns mais agradáveis que outros.

“Porém, em se tratando de risco não devemos no atentar somente ao odor das matérias-primas que utilizamos, e sim, a toxicidade de tais substâncias empregadas nas composições.  Tais informações podem ser verificadas num documento fornecido pelos fabricantes de insumos chamado F.I.S.P.Q. – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (ABNT – NBR 14725). Neste documento estão relacionadas todas as informações de composição, nocividade, reatividade, riscos ambientais, cuidados quanto a armazenamento. Também as ações que devem ser tomadas em caso de vazamentos, E.P.I. que devem ser utilizados, limites de tolerância para exposição ocupacional, etc”, descreve Petini.

Ele também ressalta que os riscos do manuseio de tais produtos estão diretamente relacionados à toxicidade intrínseca às substâncias de composição, e ainda, às condições de exposição que estão relacionadas ao ambiente de trabalho.

Como pode ou não fazer mal à saúde?

Tais substâncias penetram no corpo humano pela via pulmonar e ainda pela via cutânea. Através de diferentes mecanismos de ação, alguns deles desconhecidos, os solventes podem ser desencadear diversos efeitos.

Alguns deles são potenciais carcinógenos.

Avanços em prol da saúde

As tecnologias relacionadas a tintas, produção de adesivos e solventes utilizados nas indústrias em geral, entre outros, evoluíram buscando minimizar a nocividade quanto aos ambientes laborais e a exposição humana envolvida diretamente nos processos fabris. Mas, é muito importante que haja um bom estudo quanto a ventilação e exaustão dos galpões onde as indústrias estão instaladas. Isso pode resolver parte da problemática que envolve a utilização de tais substâncias. Uma boa ventilação atua como um EPC (Equipamento de Proteção Coletiva).

Os cestos para resíduos embebidos de solventes (panos) também merecem atenção. Eles devem possuir tampas basculantes e mantidos fechados a fim de minimizar a volatilização de tais substâncias para a atmosfera do ambiente.

Importante lembrar que cada trabalhador tem um nível de sensibilidade, e por isso, poderá apresentar maior ou menor reatividade na exposição às substâncias acima citadas.

 



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