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Divulgação/ Projeto Tamar

Mares e oceanos são responsáveis pela produção de 90% do oxigênio do planeta

31 de março de 2017

Representando quase 97,5% do total de água existente, oceanos formam ambiente propício para a existência de 29% da biodiversidade da Terra

Embora não sejam potáveis, ou seja, próprias para o consumo de seres terrestres, as águas salgadas dos mares e dos oceanos são imprescindíveis para a existência de vida na Terra.

Representando quase 97,5% do total de água existente, os oceanos formam ambiente propício para a produção de 90% do oxigênio, além de ser habitat de mais de 29% da biodiversidade do planeta

Além de fonte de alimentos, as águas salgadas agrupam milhares de organismos que capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera, por meio da fotossíntese. Esse fenômeno influi diretamente na diminuição do efeito estufa, o que interfere diretamente na temperatura da atmosfera.

As águas salgadas também são morada para milhares de seres que formam rede imprescindível para o planeta. O Censo da Vida Marinha, realizado entre 2000 e 2010, estimou que os mares e os oceanos concentrem 2,5 milhões de espécies (as terrestres somam 6,5 milhões).

“O mar conta com uma biodiversidade fantástica. Ele é responsável pelo equilíbrio térmico, hídrico e biológico para a sobrevivência da humanidade. Milhares de espécies podem desaparecer em decorrência da forma desordenada de ocupação do ser humano”, afirma o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa de Conservação das Tartarugas Marinhas (Projeto Tamar) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Carlos Alciati.

O Brasil conta atualmente com cinco centros de pesquisa de biodiversidade do ICMBio, que atuam no segmento da conservação da vida marinha. “Estes institutos realizam ações para preservar a existência desses animais, assim como para combater os impactos causados pelas atividades humanas em seus habitats”, destaca.

O projeto Tamar, por exemplo, trata da conservação das tartarugas. Mas as ações executadas pela instituição também impactam no ciclo de outros tipos de vida marinha. “As tartarugas são denominadas espécies bandeira. Isso quer dizer que, ao implantar uma área de conservação para elas, outras espécies também são beneficiadas, pois ambas dividem o mesmo espaço”, explicou o especialista.

 

Projeto TerraMar

Outra ação que visa proteger e orientar sobre o uso sustentável da biodiversidade marinha é o projeto TerraMar (Proteção e Gestão Integrada da Biodiversidade Marinha e Costeira). A iniciativa, que será aplicada na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais e Região do Banco de Abrolhos, tem como principal objetivo garantir um planejamento ambiental territorial aliado a uma gestão integrada da zona marinha e costeira.

O projeto conta com a participação do Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Construção e Segurança Nuclear- BMUB, da Alemanha, por meio da Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Os governos dos estados de Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo e Bahia terão um papel importante para a implementação das ações a nível regional e local, bem como associações e movimentos da sociedade civil, setor privado e outros setores que atuam na costa e no mar, nessas regiões.

Essa parceria visa investir cerca de 11 milhões de euros, entre 2015 e 2020 (6 milhões de euros provenientes do governo alemão), em ações voltadas à capacitação, ao desenvolvimento de metodologias e ferramentas para a proteção e gestão sustentável da biodiversidade marinha e costeira. Os demais 5 milhões de euros são a contrapartida do governo brasileiro.

 

Foto: Divulgação/ Projeto Tamar

Fonte: Portal Brasil

 



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