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Brasil não assina acordo mundial para lidar com resíduos plásticos

20 de maio de 2019

Decisão permitiu introduzir emendas principalmente nas convenções de Basileia e Estocolmo, para controlar melhor o tráfego internacional e o impacto ambiental do lixo plástico

Um acordo para limitar o volume mundial de resíduos plásticos foi assinado por 187 países – da Noruega à Nicarágua. O Brasil, assim como Estados Unidos e Argentinas, se opuseram à iniciativa definida em reunião ocorrida em Genebra (Suíça).

A decisão foi adotada ao fim de uma conferência que durou duas semanas dos Estados-partes de três convenções internacionais – Basileia, Estocolmo e Roterdã – sobre produtos perigosos e permitiu introduzir emendas principalmente nas convenções de Basileia e Estocolmo, para controlar melhor o tráfego internacional e o impacto ambiental do lixo plástico.

Por serem mal administrados, grande parte desses rejeitos poluentes vão parar todos os anos nos mares. Calcula-se que até 2050 eles deverão superar a quantidade de peixes nas águas do mundo. A iniciativa proposta pelas Organização das Nações Unidas (ONU) visa a reduzir, a partir de 2020, a quantidade de resíduos plásticos difíceis de reciclar enviados para nações mais pobres. Significa que os países que exportam plástico precisarão do consentimento dos países importadores quando se trata de lixo plástico contaminado, misto ou não reciclável – o que não acontecia até então.

Segundo comunicado da ONU, a medida deve tornar o comércio global de resíduos plásticos “mais transparente e mais bem regulado” e, ao mesmo tempo, garantir que o processo seja “mais seguro para a saúde humana e para o meio ambiente”.

A China era a maior importadora mundial de sucata de plástico, até 2018, quando parou de aceitar esse comércio, deixando milhares de toneladas desse resíduo no limbo. Sua postura levou a uma série de leis similares em vários países do sudeste asiático, incluindo Vietnã e Malásia, que foram sobrecarregados com o desperdício após a proibição da China.



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