A limpeza de uma cidade também depende de sua população, pois são os cidadãos que iniciam o processo de destinação correta dos resíduos — recicláveis e orgânicos. Você está fazendo sua parte?
Poucas políticas públicas exigem tanta cooperação dos cidadãos para serem efetivas quanto a limpeza urbana. Se ao poder público cabe o fornecimento dos serviços de coleta e uma destinação adequada aos resíduos produzidos pela população, somente uma participação direta das pessoas no momento de descartar o seu lixo pode garantir o bom funcionamento do processo.
A participação popular na gestão do lixo está prevista na lei: a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) institui a chamada responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos. Significa dizer que fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos são responsáveis pelo destino dos resíduos e embalagens pós-consumo.
“É uma relação conflituosa: as pessoas querem se ver livres do seu lixo, tirar o problema de perto. É preciso mudar a cultura de que o lixo não é problema seu. Todo mundo tem responsabilidade”, destaca o doutor em ecologia e professor da Unisinos Jackson Müller.
Aprimorar o sistema e ter uma cidade mais limpa depende, e muito, de gestos simples: colocar o lixo em seu devido lugar e respeitar os horários e locais prestabelecidos pela prefeitura para efetuar os descartes pode contribuir não só com a melhora do aspecto geral da cidade como na identificação das falhas a serem sanadas pelo poder público. Além disso, racionalizar o consumo, pensando duas vezes antes de adquirir um produto ou optando por versões mais sustentáveis — como refis ou biodegradáveis — é atitude sempre bem-vinda para diminuir a geração de lixo.
FONTE: Portal Sustentável Zero Hora
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